sábado, 2 de março de 2013

Encontro com a Senhora X



         A Senhora X sonhara que sua bocetinha se recusara a receber novas pirocas, que seu buraquinho estriado não seria mais penetrado nem por macho, nem por consolo, que sua boca não sentira mais o sabor do creminho mais gostoso: porra. No pesadelo até sua mão se recusava a masturbar a si, a um macho ou outra fêmea. Olhou o relógio marcando dez horas da manhã de sábado, felizmente não teria que ir trabalhar. Abriu a gaveta para pegar e destampar um pote de comprimidos jogou dois na palma da mão, colocou na boca e engoliu antes de levar o copo d´água aos lábios. TPM? Abriu a agenda, conferiu a menstruação. Maldito hábito de anotar tudo. Há uma semana não transava com ninguém. Folheou a agenda e nas últimas páginas buscou nomes e telefones. Chovia torrencialmente em São Paulo e não encontrou disponível nenhum amante (nem mesmo ex), amigo biológico ou amiga. Praguejou contra a empregada crente que jogara fora sua caixa de consolos.
         Passou um café, pegou uma colher e um copo de requeijão, enquanto o computador acendia telas com fundos azuis e mensagens inúteis. Lambeu lentamente a colher suja do creme branco, passou mais uma vez a língua como se estivesse sorvendo as últimas gotas de um macho, devolveu a colher para o copo, bebeu um gole do café. O cursor piscava pedindo a senha. Abriu um site de contos eróticos e nem acreditou que havia postado um conto relatando seu descabido sonho sobre a prematura aposentadoria sexual. Um comentário de Magnus Barbado a fez despertar do transe: Isso só pode ser uma licença poética. Magnus e Verônica. Infelizmente não era apenas uma licença poética, ela esta mesmo sozinha e queria algo mais do que apenas sexual eventual...
         Mandou uma mensagem para Magnus acreditando que ele poderia estar on-line. Ele respondeu: estou escrevendo um conto em sua homenagem, principalmente porque estamos chegando à São Paulo hoje para dar uma palestra. Eles eram de carne osso e estavam por perto.
Ela foi ao blog do Magnus, anotou o e-mail e mandou uma mensagem: Estou sozinha, desejosa, meu endereço é Rua das Violetas, no 18, Alphaville II. Meu telefone: (11) 2569.2569. Quando deu enter um calafrio lhe percorreu o corpo. Dera seu endereço e telefones verdadeiros para um desconhecido da net. Depois de minutos de inquietação seu celular vibrou avisando da de uma mensagem: Vamos almoçar juntos? Sinta-se beijada. Magnus e Verônica. A sorte estava lançada, chegou a pensar em convidar alguém para estar em casa, pois não se imagina sozinha com um casal desconhecido, irreal.  Seus irmãos eram caretas demais para partilharem esta história, os outros amigos já não tinha conseguido encontrar antes. Beijou um crucifixo que trazia sempre  pendurado em uma fina corrente de ouro, tomou mais um gole do café, ruminou por alguns instantes a frase “seja o que Deus quiser”. Respondeu a mensagem: espero vocês. Beijos de Deliase. Releu inúmeras vezes o blog de Magnus Barbado em busca de certezas... Mas só encontrou erotismo que fazia seu tesão aumentar cada vez mais.  Sentia o roçar do bico do peito do tecido da blusa, estava a cada momento mais excitada. Levando o indicador à vagina colheu a umidade... Só lhe restou levar seu próprio gosto aos lábios enquanto esperava. Uma parte de uma poesia “Motivo”, de Cecília Meireles, lhe veio à cabeça: Se desmorono ou se edifico / se permaneço ou me desfaço /— não sei, não sei. Não sei se fico ou passo.
O interfone tocou avisando que havia um casal na portaria. Respirou fundo, passou a mão pelo corpo como se para ter certeza que tudo era real e autorizou a entrada. Ela uma funcionária pública, respeitada na repartição, estava prestes a receber um casal desconhecido para partilhar intimidades.    
Dois olhos escuros e da boca carnuda que apareceram na pequena portinhola. Com naturalidade de amigo íntimo Magnus deu um selinho na boca da Senhora X e perguntou: vai abrir ou quer um selinho da Verônica também? Ela abriu a porta com serenidade e beijou a cada um deles com afeto, enquanto sentia que era acariciada. Estavam entre amigos, e não podiam se sentir diferente, pois ela estava apenas com uma longa camiseta sobre o corpo e nem mesmo uma calcinha colocara depois de acordar. Fechou a porta, indicando o sofá para o casal, sentou-se novamente no puff vermelho, despreocupada com sua nudez. Sua bocetinha ficou a mostra, percebeu no olhar de Magnus, ainda pensou em fechar as pernas, mas Verônica desfez sua intenção dizendo: viu amor, ela tem a bocetinha cabeludinha como você gosta. Como por instinto ela abriu mais as pernas e olhou a própria vagina, não depilada, descuidada pelo período de abstinência. Gosta mesmo? Perguntou maliciosa. Olhou entre as pernas do macho e viu a resposta. Para se assenhorar da situação complementou: quanto mais molhadinha como ela está...
Magnus ainda ensaiou falar da viagem, dos contos e da forma pela qual se conheceram, mas ele não conseguia tirar os olhos e o tesão da bocetinha da amiga. Verônica se deliciava com tudo aquilo e com possibilidade de pela primeira vez ver o marido com outra mulher. A transparência da camiseta permitia a visão diáfana dos bicos escuros dos seios fartos da anfitriã, e de forma inesperada isso excitava a visitante. Aonde é o banheiro, perguntou. Vou te mostrar, disse a Senhora X tentando levantar do puff molengo e baixo. Magnus levantou do sofá para dar a mão a amiga e os três corpos de aproximaram, o abraço carinhoso, o beijo longo nas bocas alternadas foi o prenúncio de que seria difícil sair para almoçar...
Beijaram-se, esfregaram-se, quase se comiam ali mesmo, quando Verônica disse que precisava de verdade fazer um xixi depois da longa viagem. Venha menina , Deliase vai te levar até o banheiro. Os três foram entrando no amplo apartamento e foram direto para a suíte no final do corredor. Por estar usando um macacão curto Verônica praticamente se desnudou antes de sentar no vaso, fazendo que com que amiga não resistisse e lhe acariciasse os pequenos seios, sendo que em retribuição Magnus encostou o corpo em suas costas e levantando a camiseta procurou os bicos das suas tetas, um com cada uma das mãos. Assim eu ejaculo, mas não faço xixi, reclamou em tom de galhofa a visitante. O macho puxou o corpo que tinha entre os braços mais para junto dos seus, permitindo a fêmea sentir seu pau latejante no meio das coxas. O barulho do líquido escorrendo mostrava que Verônica tinha sua concentração voltada para a bexiga, mas na medida em que se sentia aliviada lhe dominava uma vontade louca de lamber a ponta do pau do marido entre as coxas da outra mulher, e licenciosamente lamber também aquele clitóris que deveria estar oculto e intumescido sob os pelos. Lambeu lenta, deliciosa e alternadamente a ponta de pica e com a língua levava as primeiras gotas de porra para o grelinho de Deliase. Só quando a amiga gozou interrompeu o ritual. Juntos entraram em uma deliciosa hidromassagem e ficaram abandonados por algum tempo, até que Deliase tomou a iniciativa de sair da banheira para pegar toalhas. Magnus observou com vagar a boca carnuda e sensual, os seios fartos com bicos escuros, a buceta peludinha que findava em coxas torneadas e bundinha empinada. Seu pau enrijeceu... Verônica propôs que ele secasse a amiga.
Secava e beijava cada parte do corpo e meio úmido a seguia em direção a grande cama do quarto iluminado por barras de luz retangulares que atravessavam as persianas. Acariciou com os pelos da toalha o grelinho intumescido da amiga, beijou em seguia e perguntou pela camisinha. Gemendo ela abriu a gaveta do criado mudo... Ele vestiu a pica e a posicionou na entrada da grutinha. Primeiro ela pediu pra ser penetrada, depois murmurou palavras sem sentido e finalmente viu Verônica enrolada na toalha quieta ao lado do casal que transava suave e ardentemente. Explodiu em gozo enquanto Magnus continuava a lhe penetrar ritmadamente, sem pressa. Voltando do transe ela perguntou: Você não vai gozar? E Verônica não vai ganhar nada?
Magnus, cultor do sexo tântrico beijou-lhe os lábios duas ou três vezes, retirou a piroca de sua boceta, puxou a camisinha deitou a pela beirada enrolada, dizendo: O que Verônica mais gosta vou dar para ela. Dita a senha, a mulher deitou cabeça na coxa do marido, colocou parte da sua pica na boca e começou a mamar. Magnus gritava palavras desconexas, seu pau pulsava na boca da fêmea e ela bebia sua porra como se fosse o néctar dos deuses, enquanto tinha orgasmos avassaladores.
magnus.barbado@gmail.com

Um comentário:

  1. Adorei o conto,principalmente a iniciativa da Senhora X.

    A sem duvidas o que fizeram foi melhor que um simples almoço.

    Muito excitante,parabéns pelo conto!

    Beijinhos

    Anita G.

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