A Senhora X sonhara que sua bocetinha
se recusara a receber novas pirocas, que seu buraquinho estriado não seria mais
penetrado nem por macho, nem por consolo, que sua boca não sentira mais o sabor
do creminho mais gostoso: porra. No pesadelo até sua mão se recusava a
masturbar a si, a um macho ou outra fêmea. Olhou o relógio marcando dez horas
da manhã de sábado, felizmente não teria que ir trabalhar. Abriu a gaveta para
pegar e destampar um pote de comprimidos jogou dois na palma da mão, colocou na
boca e engoliu antes de levar o copo d´água aos lábios. TPM? Abriu a agenda,
conferiu a menstruação. Maldito hábito de anotar tudo. Há uma semana não
transava com ninguém. Folheou a agenda e nas últimas páginas buscou nomes e
telefones. Chovia torrencialmente em São Paulo e não encontrou disponível
nenhum amante (nem mesmo ex), amigo biológico ou amiga. Praguejou contra a
empregada crente que jogara fora sua caixa de consolos.
Passou um café, pegou uma colher e um
copo de requeijão, enquanto o computador acendia telas com fundos azuis e
mensagens inúteis. Lambeu lentamente a colher suja do creme branco, passou mais
uma vez a língua como se estivesse sorvendo as últimas gotas de um macho,
devolveu a colher para o copo, bebeu um gole do café. O cursor piscava pedindo
a senha. Abriu um site de contos eróticos e nem acreditou que havia postado um
conto relatando seu descabido sonho sobre a prematura aposentadoria sexual. Um
comentário de Magnus Barbado a fez despertar do transe: Isso só pode ser uma
licença poética. Magnus e Verônica. Infelizmente não era apenas uma licença
poética, ela esta mesmo sozinha e queria algo mais do que apenas sexual
eventual...
Mandou uma mensagem para Magnus
acreditando que ele poderia estar on-line. Ele respondeu: estou escrevendo um
conto em sua homenagem, principalmente porque estamos chegando à São Paulo hoje
para dar uma palestra. Eles eram de carne osso e estavam por perto.
Ela foi ao blog do Magnus, anotou o e-mail e mandou uma
mensagem: Estou sozinha, desejosa, meu endereço é Rua das Violetas, no 18, Alphaville
II. Meu telefone: (11) 2569.2569. Quando deu enter um calafrio lhe percorreu o corpo. Dera seu endereço e
telefones verdadeiros para um desconhecido da net. Depois de minutos de
inquietação seu celular vibrou avisando da de uma mensagem: Vamos almoçar
juntos? Sinta-se beijada. Magnus e Verônica. A sorte estava lançada, chegou a
pensar em convidar alguém para estar em casa, pois não se imagina sozinha com
um casal desconhecido, irreal. Seus
irmãos eram caretas demais para partilharem esta história, os outros amigos já
não tinha conseguido encontrar antes. Beijou um crucifixo que trazia
sempre pendurado em uma fina corrente de
ouro, tomou mais um gole do café, ruminou por alguns instantes a frase “seja o
que Deus quiser”. Respondeu a mensagem: espero vocês. Beijos de Deliase. Releu
inúmeras vezes o blog de Magnus Barbado em busca de certezas... Mas só
encontrou erotismo que fazia seu tesão aumentar cada vez mais. Sentia o roçar do bico do peito do tecido da
blusa, estava a cada momento mais excitada. Levando o indicador à vagina colheu
a umidade... Só lhe restou levar seu próprio gosto aos lábios enquanto
esperava. Uma parte de uma poesia “Motivo”, de Cecília Meireles, lhe veio à
cabeça: Se desmorono ou se edifico / se permaneço ou me desfaço /— não sei, não
sei. Não sei se fico ou passo.
O interfone tocou avisando que havia um casal na
portaria. Respirou fundo, passou a mão pelo corpo como se para ter certeza que
tudo era real e autorizou a entrada. Ela uma funcionária pública, respeitada na
repartição, estava prestes a receber um casal desconhecido para partilhar
intimidades.
Dois olhos escuros e da boca carnuda que apareceram na
pequena portinhola. Com naturalidade de amigo íntimo Magnus deu um selinho na
boca da Senhora X e perguntou: vai abrir ou quer um selinho da Verônica também?
Ela abriu a porta com serenidade e beijou a cada um deles com afeto, enquanto
sentia que era acariciada. Estavam entre amigos, e não podiam se sentir
diferente, pois ela estava apenas com uma longa camiseta sobre o corpo e nem
mesmo uma calcinha colocara depois de acordar. Fechou a porta, indicando o sofá
para o casal, sentou-se novamente no puff vermelho, despreocupada com sua
nudez. Sua bocetinha ficou a mostra, percebeu no olhar de Magnus, ainda pensou
em fechar as pernas, mas Verônica desfez sua intenção dizendo: viu amor, ela
tem a bocetinha cabeludinha como você gosta. Como por instinto ela abriu mais
as pernas e olhou a própria vagina, não depilada, descuidada pelo período de
abstinência. Gosta mesmo? Perguntou maliciosa. Olhou entre as pernas do macho e
viu a resposta. Para se assenhorar da situação complementou: quanto mais
molhadinha como ela está...
Magnus ainda ensaiou falar da viagem, dos contos e da
forma pela qual se conheceram, mas ele não conseguia tirar os olhos e o tesão da
bocetinha da amiga. Verônica se deliciava com tudo aquilo e com possibilidade
de pela primeira vez ver o marido com outra mulher. A transparência da camiseta
permitia a visão diáfana dos bicos escuros dos seios fartos da anfitriã, e de
forma inesperada isso excitava a visitante. Aonde é o banheiro, perguntou. Vou
te mostrar, disse a Senhora X tentando levantar do puff molengo e baixo. Magnus
levantou do sofá para dar a mão a amiga e os três corpos de aproximaram, o
abraço carinhoso, o beijo longo nas bocas alternadas foi o prenúncio de que
seria difícil sair para almoçar...
Beijaram-se, esfregaram-se, quase se comiam ali mesmo,
quando Verônica disse que precisava de verdade fazer um xixi depois da longa
viagem. Venha menina , Deliase vai te levar até o banheiro. Os três foram
entrando no amplo apartamento e foram direto para a suíte no final do corredor.
Por estar usando um macacão curto Verônica praticamente se desnudou antes de
sentar no vaso, fazendo que com que amiga não resistisse e lhe acariciasse os
pequenos seios, sendo que em retribuição Magnus encostou o corpo em suas costas
e levantando a camiseta procurou os bicos das suas tetas, um com cada uma das
mãos. Assim eu ejaculo, mas não faço xixi, reclamou em tom de galhofa a
visitante. O macho puxou o corpo que tinha entre os braços mais para junto dos
seus, permitindo a fêmea sentir seu pau latejante no meio das coxas. O barulho
do líquido escorrendo mostrava que Verônica tinha sua concentração voltada para
a bexiga, mas na medida em que se sentia aliviada lhe dominava uma vontade
louca de lamber a ponta do pau do marido entre as coxas da outra mulher, e
licenciosamente lamber também aquele clitóris que deveria estar oculto e intumescido
sob os pelos. Lambeu lenta, deliciosa e alternadamente a ponta de pica e com a língua
levava as primeiras gotas de porra para o grelinho de Deliase. Só quando a
amiga gozou interrompeu o ritual. Juntos entraram em uma deliciosa
hidromassagem e ficaram abandonados por algum tempo, até que Deliase tomou a
iniciativa de sair da banheira para pegar toalhas. Magnus observou com vagar a
boca carnuda e sensual, os seios fartos com bicos escuros, a buceta peludinha
que findava em coxas torneadas e bundinha empinada. Seu pau enrijeceu... Verônica
propôs que ele secasse a amiga.
Secava e beijava cada parte do corpo e meio úmido a
seguia em direção a grande cama do quarto iluminado por barras de luz
retangulares que atravessavam as persianas. Acariciou com os pelos da toalha o
grelinho intumescido da amiga, beijou em seguia e perguntou pela camisinha.
Gemendo ela abriu a gaveta do criado mudo... Ele vestiu a pica e a posicionou na
entrada da grutinha. Primeiro ela pediu pra ser penetrada, depois murmurou
palavras sem sentido e finalmente viu Verônica enrolada na toalha quieta ao
lado do casal que transava suave e ardentemente. Explodiu em gozo enquanto
Magnus continuava a lhe penetrar ritmadamente, sem pressa. Voltando do transe
ela perguntou: Você não vai gozar? E Verônica não vai ganhar nada?
Magnus, cultor do sexo tântrico beijou-lhe os lábios duas
ou três vezes, retirou a piroca de sua boceta, puxou a camisinha deitou a pela
beirada enrolada, dizendo: O que Verônica mais gosta vou dar para ela. Dita a
senha, a mulher deitou cabeça na coxa do marido, colocou parte da sua pica na
boca e começou a mamar. Magnus gritava palavras desconexas, seu pau pulsava na
boca da fêmea e ela bebia sua porra como se fosse o néctar dos deuses, enquanto
tinha orgasmos avassaladores.
magnus.barbado@gmail.com
Adorei o conto,principalmente a iniciativa da Senhora X.
ResponderExcluirA sem duvidas o que fizeram foi melhor que um simples almoço.
Muito excitante,parabéns pelo conto!
Beijinhos
Anita G.